quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O músico.

Aquele sorriso reluzia diante de suas tristezas cantadas. Era um imenso paradoxo vê-lo sorrir diante de tanta melancolia, mas ainda assim era fácil entender o motivo. Estava em casa, num lar criado para si, para não deixar-se perder. Seu rosto acendia a cada acorde torto não só seu, como de seus cúmplices também. Era bom estar cercada de sua presença desconcertante. Eram olhos que queimavam e voz que inebriava. Era muito para um homem só mas era o que prostrava ali, diante de mim, destrinchando cada canto nem tão desconhecido do seu eu. Afinal, por vezes, era eu também.
Era uma boca de cantar, mas de beber também. Era boca de Beijos não dados. Era um show só seu ninguém seria capaz de andar ao seu lado sem tropeçar.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Você.

Você que me confunde de um forma tão inesperada
Olhos em chamas.
Como lidar com eles?
Como te explicar que te quero mais perto?
Como explicar que encontro refúgio em abraços como os teus?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Café, cigarro e algo mais (ou menos)



Tempo de pipa é, sem dúvida, uma música de saudade. Lembra tanta coisa boa que passou a ser ruim com o tempo. Não se vive de saudade, muito menos de lembranças.
Saudade é aquele sentimento que é bom até você perceber que o que foi é impossível de ser novamente, e quando se dá conta disso, a tristeza recorrente vem junto e você faz como eu. Se exclui, agarra um caderno velho e se limita a escrever meia dúzia de garranchos sem sentido por aí.